Os Projetos de Engenharia permitem mapear problemas e criar soluções otimizadas para todas as necessidades de uma empresa. Nesse sentido, eles são compostos por processos de tomada de decisão interativos, ou seja, desenvolvidos para promover melhorias constantes. De forma otimizada, os processos buscam transformar os recursos em bens que atendam a uma demanda e a certos objetivos.
Além disso, os objetivos do projeto definem o tipo de engenharia que vai se adequar melhor a cada caso. Assim, por ser uma área muito ampla, com inúmeras frentes de atuação, é comum que o cliente acabe buscando por soluções em uma Engenharia diferente daquela que ele necessita.
Nesse sentido, quando pensamos em projetos de engenharia, logo lembramos de construção civil, como prédios, casas, estradas etc. Porém, os projetos não se resumem apenas a isso. Sabendo disso, é importante ressaltar que os projetos vão muito além de um engenheiro civil, e cada área possui um dirigente responsável.
Por isso, vamos esclarecer as diferenças entre cada engenharia e mostrar todo o potencial da engenharia de produção para o seu negócio.
Projetos de engenharia: por qual engenharia começar?
Um projeto de engenharia pode ser visto como um empreendimento, seja ele industrial, civil ou comercial. Dessa forma, eles acontecem dentro de um prazo estabelecido, com um custo negociado e é gerenciado por um engenheiro formado na área.
Confira algumas das principais áreas em que cada engenharia atua:
Engenharia Civil:
Projetos que analisam a viabilidade econômica, inspecionam, gerenciam e executam obras e construções, como casas, pontes e estradas.
Engenharia Ambiental:
Executa projetos de bioprocessos, assim como planejamento e gestão ambiental. Tem como objetivo a recuperação de áreas degradadas ou afetadas pela poluição.
Engenharia da Computação:
Atua em projetos de desenvolvimento de softwares, aplicativos e lida com o planejamento e construção de sistemas.
Engenharia Elétrica:
É capaz de executar projetos de automação de linhas industriais, assim como desenvolver circuitos eletrônicos e operar sistemas que podem gerar e distribuir energia elétrica.
Engenharia Mecânica:
Realiza projetos de construção, operação e manutenção de sistemas mecânicos. Essa área é ligada à produção de máquinas, veículos e sistemas de refrigeração.
Engenharia Química:
Atua em projetos de transformação de matéria-prima em produtos úteis para o uso. Pode atuar no ramo da indústria química, petroquímica e de alimentos.
Engenharia de Produção:
Executa projetos que tornam processos mais rápidos, eficientes, com baixo custo e com melhor qualidade. Gerencia os recursos humanos, financeiros e materiais de uma empresa.
Projetos de engenharia: como a elaboração é feita
Um projeto, seja ele de engenharia ou não, nada mais é do que um esforço temporário empreendido para criar um produto ou serviço com resultado exclusivo. Nesse sentido, é dividido por uma série de atividades que são organizadas por objetivos e recursos, atreladas a tempo, qualidade, custo e escopo.
Além disso, a gestão desses projetos é feita normalmente pelo ciclo PDCA de Edward Deming: planejamento, execução, monitoramento, ações de correção e encerramento.
Ciclo PDCA: conheça suas etapas e funcionamento
P (plan: planejar):
Neste estágio, é essencial levar em conta as políticas da empresa e definir as metas de cada processo com o objetivo de alcançar o produto ou o serviço final. Dessa forma, o plano deve incluir: a identificação do problema, estabelecimento de metas, análise do processo e plano de ação.
D (do: fazer):
Esse é o momento de elaborar o plano e preparar a sua execução. Assim, deve-se realizar cada processo de acordo com o que foi definido na primeira fase e é medido o seu progresso.
C (check: verificar):
A partir da implantação, deve-se analisar os processos através de ferramentas próprias, para verificar se cada um atende aos requisitos estabelecidos no planejamento. É nesta fase que podem ser encontrados erros ou falhas na atividade.
A (act: agir):
De acordo com os resultados da etapa anterior, serão observadas as diferenças entre a execução prática e o plano. Caso tenha sucesso, deve-se documentar o novo processo e transformá-lo em um novo padrão.
De forma mais detalhada, a metodologia PDCA pode ser aplicada à realidade de projetos de engenharia. O PLANEJAMENTO funciona como um controle de prazos, custo, atividades e insumos. Nesse sentido, podemos dividi-lo na definição de metas, na garantia da qualidade e segurança prestada e avaliação dos impactos ao meio ambiente.
Já a etapa de EXECUÇÃO consiste na gestão de diversas áreas envolvidas, por isso a importância de um planejamento bem estruturado. Além disso, se torna inviável garantir a execução do projeto sem um gerenciamento eficaz e um bom método de análise. Logo, é de responsabilidade da empresa de engenharia possibilitar o sucesso do empreendimento.
A etapa de VERIFICAÇÃO consiste no alinhamento do andamento do projeto. Dessa maneira, é importante o contato de todos os responsáveis pela execução.
Por fim, deve-se AGIR de acordo com a verificação. As obras necessitam de métricas de controle da manuntenção e de operação. Além disso, é comum a degradação de prédios por conta da oxigenação, por exemplo, sendo necessário agir para prevenir, conforme as diretrizes de manutenção da construtora.
Ciclo PDCA
Projetos de engenharia de produção: o que são e quando são recomendáveis para o seu negócio
Os projetos de Engenharia de Produção envolvem a otimização de sistemas, o que exige conhecimento sobre métodos e ferramentas de análise de processos. Isso se dá para que possam planejar e usar instrumentos em busca de melhorar, de forma geral, os processos das empresas para alcançar maiores desempenhos.
Além disso, a partir da conclusão de que seus processos podem ser mais eficientes ou quando se observa que a demanda não é atendida, uma gama de oportunidades para que a Engenharia de Produção possa atuar aparece.
Na Engenharia de Produção trabalhamos com projetos que abrangem desde o fluxo produtivo até a gestão envolvida por trás da ação do negócio. Sendo assim, há um campo de possibilidades para atuar bem diverso.
Para isso, os projetos podem ser de Gestão por Processos, com o estudo dos fluxos produtivos, e Programação e Controle da Produção (PCP), com o objetivo de organizar a operação da produção, por meio da análise dos estoques e da capacidade. Além disso, a Logística dispõe seu espaço de forma eficiente para reduzir movimentações. A Gestão da Qualidade busca métodos de assegurar e controlar a qualidade dos processos. E por último, a Análise de Custos realiza um estudo por trás dos custos envolvidos no negócio, ao passo em que a Gestão Empresarial direciona a marca de forma estratégica visando o alcance de resultados.
Projetos de engenharia: o que é um projeto de construção civil?
O projeto de engenharia civil é um guia para executar uma obra. Nesse sentido, o projeto prevê e direciona como executá-lo e quem o realizará. Além disso, as previsões podem ser feitas com mais precisão nas pesquisas de construção. Dessa forma, garante-se bons resultados e faz com que o processo seja melhorado.
Projeto arquitetônico
O projeto arquitetônico é um documento obrigatório em qualquer obra. Nesse sentido, ele pode ser definido como a representação da obra, portanto costuma incluir o design do edifício e a função de cada espaço. Tudo isso para atender às necessidades dos clientes e respeitar as regras da autoridade competente.
Projeto legal
Todos os projetos de construção devem ser aprovados pelo governo municipal. Portanto, o engenheiro também deve preparar um projeto que atenda a todos os padrões exigidos pela autoridade competente. Assim, somente após a aprovação, é que pode realizar a construção.
Projeto executivo
O projeto executivo pode ser considerado o guia da construção. Ele deve conter todos os elementos necessários para a execução do trabalho, como: descrição do material, cronograma de trabalho, especificações técnicas, cálculo estrutural e planilha de orçamento.
Projeto estrutural
A parte estrutural é um dos projetos de construção mais importantes. Afinal, os engenheiros civis podem garantir que a estrutura seja forte o suficiente para suportar peso e resistir ao tempo com base em ferramentas e tecnologia precisas.
Além disso, os itens estruturais devem especificar o tamanho, a forma e a disposição de todos os itens estruturais do edifício. Os mais comuns são: fundações, vigas, lajes, colunas e alvenaria estrutural.
Projeto elétrico
O projeto elétrico é um dos projetos complementares de construção. Os profissionais qualificados para prepará-los variam de acordo com o trabalho pedido. Como na maioria dos edifícios residenciais, engenheiros civis e técnicos elétricos podem executar projetos mais simples. Por outro lado, somente engenheiros elétricos devem executar projetos mais complexos.
Planejamento de um projeto de construção civil
O plano de construção civil requer organização para uma ótima execução, incluindo preparação do orçamento e plano de trabalho. Sendo assim, ao planejar o investimento, além de evitar problemas de recursos, como tempo e dinheiro, também é possível prever eventos que podem ocorrer, e assim antecipar soluções e criar planos de acompanhamento.
Viabilidade econômica
O estudo de viabilidade econômica permite que a equipe responsável descubra projetos lucrativos. E, somente depois disso, fornece uma garantia para o início do projeto. Depois de classificar os projetos rentáveis e não rentáveis, a equipe de construção pode se concentrar no plano final. E, depois, na edificação da construção.
Execução da obra
A execução da obra exige a dedicação da equipe para a realização de todas as etapas. Além disso, exige a conclusão do empreendimento com qualidade e dentro do prazo definido. Nesse sentido, o planejamento é necessário, mas também é preciso contar com o foco e atenção dos profissionais envolvidos.
Como o engenheiro de produção se relaciona com a construção civil?
Apesar de cada engenheiro ter sua área específica, a atuação dos engenheiros de produção no mercado de construção civil se expandiu bastante nos últimos tempos.
A explicação para isso é que com a demanda crescente por mão de obra qualificada dentro do setor da construção civil, se tornou comum a atuação dos engenheiros de produção na área, já que eles possuem várias competências requisitadas, como uma visão abrangente do empreendimento. Portanto, conseguem visualizar grande parte do processo final desejado.
Além disso, no âmbito das construções em específico, o cenário existente passa por inúmeros problemas com o cumprimento de prazos e orçamento, e, como consequência, não se consegue satisfazer as reais expectativas dos interessados nos projetos, em aspectos como mão de obra e infraestrutura.
Sendo assim, os engenheiros de produção não atuam como Chefes de Obras. Mas podem atuar no planejamento, controle e melhoria dos processos. Reduzindo os custos dos projetos, na busca pela qualidade total na execução e no desenvolvimento de uma cultura organizacional.
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Projetos de engenharia e a Indústria 4.0
A tecnologia e a inovação devem fazer parte da rotina de qualquer empresa interessada em crescer no mercado. Por esse motivo, diversas mudanças foram feitas na história, o que impactou a sociedade como um todo.
Essa sucessão de inovações nos trouxe à indústria 4.0, termo usado para descrever o uso da tecnologia como principal forma de automatizar tarefas, armazenar dados e facilitar processos industriais.
Além disso, a tendência é que a indústria 4.0 se inclua de maneira gradual nas empresas, conforme elas sentirem a necessidade de inovar. E em especial àquelas que estão preparadas para investir nesse campo. Assim, os projetos de engenharia são o principal meio de realizar essas mudanças.
Nesse sentido, a indústria 4.0 é a realidade na qual várias empresas desejam se adaptar. E, com a realização de projetos de engenharia para atuar nesses processos, a tecnologia da empresa se torna mais inteligente, mais rápida e mais precisa.
A integração de projetos de engenharia e a indústria 4.0 se chama Engenharia 4.0, a qual veio para atender a demanda de um mercado ágil, tecnológico e imediato. Para tanto, é necessário a adaptação para um modelo integrando a tecnologia da Internet das Coisas (IOT) com a Data Analytics.
Internet das Coisas (IOT)
A Internet das Coisas é uma revolução tecnológica que torna possível a integração de itens do cotidiano à rede de internet. Assim, é cada vez mais comum a utilização da Internet das Coisas na Indústria 4.0, integrando ferramentas e processos por meio de uma rede conjunta de informações.
Data Analytics
Data Analytics é o processo de analisar uma rede de dados a fim de se obter respostas quantitativas para tomadas de decisão. Dessa maneira, com uma gama de informações cada vez mais ampla, que interliga diversas áreas, ferramentas e processos, é necessário ter um sistema que relacione de forma rápida e assertiva todos os dados e forneça instrumentos para o planejamento de planos de ação.
Assim sendo, o Engenheiro 4.0 precisa se adaptar a nova forma como é conduzida da indústria. Deverá entender que as máquinas estão adquirindo cada vez mais autonomia, interligando mais informações com algoritmos ainda mais complexos, superando a capacidade de qualquer pessoa.
Portanto, o Engenheiro 4.0 irá trabalhar com essa transformação tecnológica ao seu favor, gerenciando todos os outputs fornecidos pela Data Analytics e interligando cada vez mais ferramentas e processos via rede.
Projetos de engenharia: controle e automação
Ao aderir a ideia de realizar projetos de engenharia que implementem fatores da indústria 4.0, uma empresa consegue ter a capacidade e a autonomia necessárias para agendar manutenções, prever falhas nos processos e se adaptar a mudanças não planejadas na produção. Tudo isso aliado aos projetos de controle e automação, que torna a empresa mais automatizada e com processos mais eficientes.
Sendo assim, o objetivo é criar um sistema de mecanismos integrados e automatizados. Como resultado dessa automação, temos os seguintes benefícios:
Aumento da produtividade;
Redução dos custos;
Simplificação de operações e manutenção;
Maior segurança no trabalho.
Para entender melhor como a automação industrial é aplicada nas indústrias, foi desenvolvida a Pirâmide da Automação Industrial. Ela representa seus níveis de maneira hierárquica.
Nível 1 – Aquisição de dados
Formado por equipamentos de campo, sensores e atuadores. Nesse sentido, eles irão fornecer dados para as etapas de controle.
Nível 2 – Controle de dados
Constituído por ferramentas de controle automatizado dos dados. Podemos citar CLP’s (Controlador Lógico Programável) e SDCD’s (Sistema Digital de Controle Distribuído) como essas ferramentas.
Nível 3 – Supervisão
Consiste na supervisão sistêmica do controle das células das plantas. Busca encontrar lacunas de falhas e otimizar os processos.
Nível 4 – Gerenciamento da Planta
Envolve toda a Programação, Controle e Planejamento da Produção (PPCP), integrando desde a cadeia de suprimentos até a logística de produção.
Nível 5 – Gerenciamento Corporativo
Responsável pela gestão dos recursos físicos, humanos e financeiros da empresa. Nesse nível encaixam-se softwares de gestão financeira, de vendas e pessoas, além do BI’s (Business Intelligence). Dessa forma, cria-se uma rede de gestão estratégica .
Podemos notar a relação que os primeiros níveis possuem quanto aos equipamentos e maquinários utilizados na planta. Contudo, os níveis superiores relacionam-se com o gerenciamento. Dessa forma, para o gerenciamento ocorrer, é necessário que a base da pirâmide. Ou seja, o operacional do sistema forneça insumos assertivos.
Como máxima do gerenciamento “Se você não pode medir, não pode gerenciar”, a automação surge como uma tecnologia que revoluciona o gerenciamento. Nesse sentido, transformou que antes era complexo e praticamente impossível de se realizar em larga escala, em um gerenciamento simples e ágil.